ela entrou no quarto
em passos cadenciados
e bem marcados
com os pingos de chuva que caíam
lá fora e batiam na janela
como mármore sobre fina lã
estremeceu quando viu o corpo no chão
do quarto vermelho
estatelado como batata amassada
resmungando meia dúzia de palavras
inaudíveis
como sempre
como sempre
a figura grotesca refletia
e se remexia
de lá pra cá
em alusão
ao seu passado semimorto
e nada mais era
que um reflexo do presente
em seus derradeiros
suspiros
Nossa!
RépondreSupprimer:)
Soberbo!
RépondreSupprimerConheci o seu blog lá no Series of Serendipity. E gostei muito (muito!) do que vi por aqui.
Um abraço,
Carol.
www.sonhosdescritos.blogspot.com
obrigado, carol! de verdade! fico muito contente que tenha gostado. vou dar uma olhadinha no seu e depois digo o que achei!
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