às vezes
temo pela sanidade de minhas escolhas
tendo a enfatizar o tom da dúvida
nas palavras
enalteço a pedra bruta intocada
forças que misturam pensamentos
a conseqüente liberdade quente
e torço pela santa e dúbia inexatidão
de todos as vias
às vezes
duas mãos estranhas puxam-me para o chão
avisam da idade, da matura sensatez
subo para sonhar e questionar
me permito asas, mesmo que fracas
me permito sonhos, mesmo que tortos
me permito voos, mesmo que curtos
livre e cadenciando
francas verdades com mentiras sinceras
grito “deixe-me ser vário!”
repetidas vezes
mesmo que não seja ouvido
pois as vezes é melhor
ter uma dúzia de questionamentos
um punhado de caminhos diversos
espalhados pelo chão
do que duas verdades lustradas
brilhando como troféus na estante
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